O GLOBO
O nome é bizarro, mas se justifica pela raridade do que descreve. A SpaceX, empresa espacial de Elon Musk que acaba de colocar turistas em órbita pela 1ª vez na história, tornou-se um “hectocórnio”. Trata-se de um jargão do mercado para definir start-ups que valem pelo menos US$ 100 bilhões — ou seja, cem vezes unicórnio.
A informação foi publicada pelo site da rede americana CNBC, que apurou junto a fontes anônimas detalhes de recente transação entre acionistas da companhia. Nessa operação — que se deu de maneira privada, já que a companhia não é listada em Bolsa —, a SpaceX foi avaliada em US$ 100,3 bilhões, 35% mais que os US$ 74 bilhões que valia em fevereiro.
Os “hectocórnios” são tão raros que, até então, nem precisavam de plural: apenas a chinesa Bytedance, dona do TikTok, se enquadrava na categoria, segundo a CB Insights. (Ok, sua avaliação acima de inacreditáveis US$ 400 bilhões mereceria uma classificação só dela…).
A tabela considera, é claro, apenas empresas que ainda não chegaram à Bolsa. Mesmo assim, os “hectocórnios” superam grande parte das companhias listadas. A SpaceX já vale mais, por exemplo, do que qualquer empresa latino-americana, superando Mercado Livre (US$ 75 bilhões) e Vale (US$ 74 bilhões).
Elon Musk também é fundador, CEO e um dos principais acionistas da Tesla, fabricante de carros elétricos que vale US$ 786 bilhões na Nasdaq.